Uma das coisas mais difíceis de aceitarmos é nossa impotência frente às escolhas de quem amamos. Podemos tentar impor a nossa vontade, mas a realidade é que todos percorremos o nosso caminho e fazemos as próprias escolhas, sem olhar para o que os outros querem ou acham melhor para nós. Por vezes, as escolhas não são as melhores, por vezes opta-se pelo caminho mais difícil e árduo, mas o que podemos fazer senão estar cá para dar consolo a quem necessita?

Podemos alertar, ensinar, mostrar as escolhas que poderiam ser mais agradáveis, no entanto, as pessoas são únicas e precisam de se expandir, muitas vezes no caminho inverso ao nosso. E nós sofremos, porque magoa ver um filho, um amigo, um companheiro fazerem escolhas que no futuro trarão sofrimento e dor. No entanto, por mais que amemos alguém, não podemos controlar todos os passos. Amar requer desprendimento.

Claro, que não poderemos cruzar os braços e apenas observar os nossos filhos, os amigos, quem amamos, tomarem decisões “perigosas”, sem os tentar alertar, principalmente quando estiverem a enveredar caminhos indignos, antiéticos. É nosso dever compartilhar conhecimentos e experiências que possam servir como lições, mas, muitas das suas escolhas alheias não nos incluirão, porque em nada se relacionarão connosco. Resta-nos respeitá-los.

Devemos assim, controlarmo-nos, pois, tentar controlar o que está fora de nós quase nunca será possível. Cabe-nos amar as pessoas da maneira que elas são, sem ferir a nossa dignidade, para que possamos estar ao lado delas, principalmente quando estiverem sob as tempestades que elas próprias criaram. É assim que os laços se perpetuam.

Fontes:
www.contioutra.com
pt.aleteia.org